quarta-feira, 29 de abril de 2009

Chernobyl, o pior acidente nuclear civil da história do século XX

Chernobyl

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o combustível do reator número 4 da central nuclear de Chernobyl (na Ucrânia) se fragmenta.
as barras de óxido de urânio se aquecem e provocam uma autocombustão que arrebenta a camada de concreto isolante de 2.000 toneladas do reator.

O crescimento acelerado de energia fez com que os reatores recebessem energia em quantidade maior do que suportava, causando uma grande explosão de de temperatura, o que impulsionou o incêndio do grafite existente que moderava os nêutrons no reator.

O grafite por muitos dias permaneceu queimando, fazendo com que inúmeras tentativas de cessar fogo e impedir mais liberação de material radioativo fossem em vão.

Não se sabe ao certo a quantidade de pessoas mortas em conseqüência do acidente e nem a quantidade de radiação liberada, pois as estatísticas das autoridades soviéticas foram distorcidas com o intuito de ocultar a real situação do problema.



O núcleo do reator exposto ao ar livre começa a liberar uma nuvem de fumaça e vapor de elementos radioativos pesados, como estrôncio e o cério, que se depositaram nas imediações da central.

Os bombeiros que chegaram para conter o incêndio e impedir que se propagasse para os outros reatores, desprovidos dos equipamentos de proteção apropriados, foram as primeiras vítimas da catástrofe.

Durante várias horas, através de helicópteros, foram lançadas inutilmente grandes quantidades de areia para tentar deter o desastre.

Tudo aconteceu durante um teste de segurança. Depois de uma série de erros de operação em um reator muito instável, o experimento degenerou-se e a interrupção da atividade nuclear foi decidida de forma tardia.

A parte superior do núcleo do reator ficou ao ar livre. Foram registrados 30 focos de incêndio. Cinco mil toneladas de materiais foram jogados de helicópteros durante 15 dias para cobrir o reator.

Cinqüenta milhões de cúrios (12 bilhões de béqueres) - uma potência equivalente a 500 bombas de Hiroshima - causaram uma trágica contaminação em Belarus, no norte da Ucrânia e em uma parte do território russo. As radiações se disseminaram por toda a Europa.

Os quase 50.000 habitantes da cidade de Pripiat, situada a apenas três km da central, só ficaram sabendo da importância da catástrofe no dia seguinte, quando fora evacuados.

As autoridades soviéticas esperaram dois dias antes de reconhecer, por meio de uma nota da agência Tass, que um "acidente" havia ocorrido em Chernobyl e que havia vítimas.

As autoridades suecas foram as que alertaram a comunidade internacional, no dia 28, para a seriedade do ocorrido, quando registraram um importante aumento da radioatividade em seu território.

Os satélites-espiões registraram quase imediatamente o desastre ao captar uma forte emissão de calor no setor de Chernobyl.

Cerca de 600.000 pessoas, entre bombeiros, civis e soldados, conhecidos posteriormente como os "liquidadores", foram mobilizados para enfrentar o desastre e construir um "sarcófago" para encerrar hermeticamente o reator danificado por 20 ou 30 anos.

O balanço exato das vítimas nunca foi estabelecido de maneira confiável e continua provocando debates depois de todos esses anos.

Na época foi anunciado que havia dezenas de milhares de mortos, mas um relatório da ONU, de setembro de 2005, destaca que foram 4.000 as vítimas comprovadas ou futuras na Ucrânia, Belarus ou Rússia, por efeito de cânceres.

Este relatório foi seriamente questionado por inúmeras ONGs, entre elas o Greenpeace, que calcula em 93.000 o número de mortos potencial por causa de câncer.

Segundo um estudo científico britânico publicado em abril, em Kiev, o número de mortes vinculadas a Chernobyl deve ficar entre 30.000 e 60.000.

O impacto na saúde mental e psicológica das populações afetadas também é considerado algo muito sério, pois cinco milhões de pessoas continuam vivendo nas zonas contaminadas.

A central da tragédia foi fechada definitivamente em 2000, mas o "sarcófago" corroído pode desabar a qualquer momento.

A construção de um "arco" hermético, cujo custo superaria um bilhão de dólares, segundo o Banco Europeu para a Construção e o Desenvolvimento, poderá solucionar a situação.

De qualquer maneira, continuam pendentes os efeitos a longo prazo sobre a saúde e o meio ambiente.

Alguns especialistas observam um aumento de certas enfermidades como o câncer de tiróide.

Também existem preocupações pela exposição crônica a leves níveis de radioatividade, principalmente dos alimentos.

Atualmente não se vê nada, mas modificações genéticas poderão aparecer em 20 ou 50 anos.


“Usinas nucleares são caras e perigosas. Acidentes nessas instalações podem ter efeitos e custos incalculáveis.
O desastre ocorrido em 1986,na Ucrânia, deixou milhares de mortos e milhões de contaminados.
Reatores e instalações geram grandes quantidades de lixo nuclear, que precisam ficar sob vigilância por milhares de anos e não se conhece técnica 100% segura para seu armazenamento”

verdade é que reatores nucleares são muito produtivos quando se trata de “queimar” dinheiro, mas, além de gastar dinheiro, a indústria nuclear mata milhares de pessoas quando não funciona, envenena as pessoas que trabalham nela todos os dias ou deixa contaminação radioativa por milhares de anos no meio ambiente.


O mundo não precisa de mais usinas de energia nuclear ele precisa é de uma revolução de energia limpa, com fontes renováveis, não-poluidoras e seguras.

(angelica santos )

O primeiro-ministro britânico recebe uma mensagem do Greenpeace: Não à  energia nuclear.




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